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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

VIDRARIAS USADAS EM LADORATÓRIOS

Não é à toa que os instrumentos de laboratório recebem esta denominação, o material usado para fabricá-los é o vidro temperado. Conheça algumas das vidrarias usadas em laboratório, e saiba onde são feitas as pesquisas científicas.

       
ALMOFARIZ   COM PISTILO                                                         
 Usado na trituração e pulverização de sólidos.

  
BALÃO DE FUNDO CHATO                                            
Utilizado como recipiente para conter líquidos ou soluções, ou mesmo, fazer reações com desprendimento de gases. Pode ser aquecido sobre o TRIPÉ com TELA DE AMIANTO
  

     

BALÃO DE FUNDO REDONDO      
              
  Utilizado principalmente em sistemas de refluxo e  evaporação a vácuo, acoplado  a ROTA E VAPORADOR.

       


BALÃO VOLUMÉTRICO      
            
                       
Possui volume definido e é utilizado para o preparo de soluções em laboratório.FOTO

 BECKER                                                           
É de uso geral em laboratório. Serve para fazer reações entre soluções, dissolver substâncias sólidas, efetuar reações de precipitação e aquecer líquidos. Pode ser aquecido sobre a TELA DE AMIANTO.

          BURETA                                                                     
Aparelho utilizado em análises volumétricas.  



CADINHO   DE PORCELANA                                                            
Peça geralmente de porcelana cuja utilidade é aquecer substâncias a seco e com grande intensidade, por isto pode ser levado diretamente ao BICO DE BUNSEN.



CÁPSULA DE PORCELANA                                           
Peça de porcelana usada para evaporar líquidos das soluções.

         


CONDENSADOR                                             
Utilizado na destilação, tem como finalidade condensar vapores gerados pelo aquecimento de líquidos.

   

DESSECADOR                                                           
Usado para guardar substâncias em atmosfera com baixo índice de umidade.

                                    ERLENMEYER                                                         
Utilizado em titulações, aquecimento de líquidos e para dissolver substâncias e proceder reações entre soluções.

       FUNIL DE BUCHNER                                      
Utilizado em filtrações a vácuo. Pode ser usado com a função de FILTRO em conjunto com o  KITASSATO.

       FUNIL DE SEPARAÇÃO                                       
Utilizado na separação de líquidos não miscíveis e na extração líquido/líquido. FOTO.

     




FUNIL DE HASTE LONGA                                                                                                       início
Usado na filtração e para retenção de partículas sólidas. Não deve ser aquecido. 

   

KITASSATO                                                    
Utilizado em conjunto com o FUNIL DE BUCHNER em FILTRAÇÕES  a vácuo. 

PIPETA  GRADUADA                                      
    Utilizada para medir pequenos volumes. Mede volumes     variáveis. Não pode ser aquecida. 

          
PIPETA VOLUMÉTRICA                               
Usada para medir e transferir volume de líquidos. Não pode ser aquecida . 
possui grande precisão de medidas


PERA

usada na sucçãode  liquidos juntamente com auxilio da pipeta 


             

PROVETA OU CILINDRO    GRADUADO                                                     
Serve para medir e transferir volumes de líquidos. Não pode ser aquecida. 

                 

TUBO DE ENSAIO                                                   
Empregado para fazer reações em pequena escala, principalmente em testes de reação em geral. Pode ser aquecido com movimentos circulares e com cuidado diretamente sob a chama do BICO DE BÜNSENFOTO.

  

        

VIDRO DE RELÓGIO                            
Peça de Vidro de forma côncava, é usada em análises e evaporações. Não pode ser aquecida diretamente.

OUTROS EQUIPAMENTOS

ANEL OU ARGOLA                               
Usado como suporte do funil na filtração.












BALANÇA DIGITAL                                        
Para a medida de massa de sólidos  e líquidos não voláteis com grande precisão.




                                                     BALANÇA ANALÍTICA

para medir massas menores(mg) com grande presição



              

BICO DE BÜNSEN                                         
É a fonte de aquecimento mais utilizada em laboratório. Mas contemporaneamente tem sido substituído pelas MANTAS E CHAPAS DE  AQUECIMENTO.  


              
ESTANTE PARA TUBO DE ENSAIO                                                                                
É usada para suporte de os TUBOS DE ENSAIO. 

              
GARRA DE CONDENSADOR                 
Usada para prender o condensador à haste do suporte ou outras peças como balões, erlenmeyers etc. 

              
PINÇA DE MADEIRA                                   
Usada para prender o TUBO DE ENSAIO durante o aquecimento. 

              

PINÇA METÁLICA  OU TENAZ                                   
Usada para manipular objetos aquecidos. 

PISSETA OU FRASCO LAVADOR                                         
Usada para lavagens de materiais ou recipientes através de jatos de água, álcool ou outros solventes.


SUPORTE UNIVERSAL                                  
Utilizado em operações como: Filtração, Suporte para Condensador, Bureta, Sistemas de Destilação etc. Serve também para sustentar peças em geral.

TELA DE AMIANTO                                    
Suporte para as peças a serem aquecidas. A função do amianto é distribuir uniformemente o calor recebido pelo BICO DE BUNSEN.

        TRIPÉ                                                               
Sustentáculo para efetuar aquecimentos de soluções em vidrarias diversas de laboratório. É utilizado em conjunto com a TELA DE AMIANTO

                                                OUTROS EQIPAMENTOS


Destilador: retirar sais da água, deixando, apenas com hidrogênio e oxigênio

Autoclave: esterilização de material


estufa
Utilizada para esterilização a seco de instrumental cirúrgico, médico, odontológico, esteticista, laboratorial, industrial e outros. Com controle eletrônico de temperatura até 250ºC.


Friabilômetro ou friabilimetro 

é um equipamento muito utilizado em laboratórios e indústrias farmacêuticas para medir o grau de friabilidade dos comprimidos. O friabilômetro é capaz de apontar se uma cápsula ou comprimido é resistente ao atrito





ALOPATIA

Alopatia  é um termo usado por samuel hannemam criador da homeopatia para  descrever técnicas de tratamento que sigam o princípio "Contraria contrariis curantur" que seria oposto ao "Similia similibus curantur"(semelhantes são curados por semelhantes), base terapêutica da homeopatia.
a medicina tradicional, que consiste em utilizar medicamentos que vão produzir no organismo do doente reação contrária aos sintomas que ele apresenta, a fim de diminuí-los ou neutralizá-los.


Por exemplo, se o paciente tem febre, o médico receita um que faz baixar a temperatura, 
Se tem dor, um analgésico, 
Se tem inflamação um antiflamatório,
Os medicamentos alopáticos são produzidos nas indústrias em larga escala, ou em farmácias de manipulação de acordo com a prescrição médica. São os principais produtos farmacêuticos vendidos nas farmácias e drogarias. 
Os principais problemas dos medicamentos alopáticos são os seus efeitos colaterais e a sua toxicidade.


FORMAS FARMACÉUTICAS

As formas farmacêuticas foram desenvolvidas para facilitar a administração de medicamentos a pacientes de faixas etárias diferentes ou em condições especiais, e para permitir seu melhor aproveitamento. Para uma criança, por exemplo, é melhor engolir gotas em um pouco de água do que um comprimido. Além disso, a forma farmacêutica se relaciona à via de administração que vai ser utilizada, isto é, a porta de entrada do medicamento no corpo da pessoa, que pode ser, por via oral, retal, intravenosa, tópica, vaginal, nasal, entre outras. Cada via de administração é indicada para uma situação específica, e apresenta vantagens e desvantagens. Sabemos, por exemplo, que uma injeção é sempre incômoda e muitas vezes dolorosa. No entanto, seu efeito é mais rápido. Lembre-se que não é apenas a forma do medicamento que é importante, a sua via de administração também deverá ser escolhida pelo médico, no ato da prescrição. No quadro abaixo estão relacionadas as vias de administração e as principais formas farmacêuticas existentes. 




VIA DE ADMINISTRAÇÃO
FORMAS FARMACÊUTICAS
Via oral
Comprimido, cápsula, pastilhas, drágeas, pós para reconstituição, gotas, xarope, solução oral, suspensão.
Via sublingual
Comprimidos sublinguais
Via parenteral (injetável)
Soluções e suspensões injetáveis
Via cutânea (pele)
Soluções tópicas, pomadas, cremes, loção, gel, adesivos.
Via nasal
Spray e gotas nasais
Via oftálmica (olhos)
Colírios e pomadas oftálmicas
Via auricular (ouvidos)
Gotas auriculares ou otológicas e pomadas auriculares
Via pulmonar
Aerossol (bombinha)
Via vaginal
Comprimidos vaginais, cremes, pomadas, óvulos.
Via retal
Supositórios e enemas



FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS

CÁPSULAS
É o armazenamento de uma ou mais substâncias químicas em recipientes de gelatina que pode ser mole (armazenando líquidos, semi-sólidos e sólidos) ou duro (armazenando sólidos). Há casos específicos em que a cápsula pode ser aberta e ser administrada na forma de pó, porém, isto só poderá ser feito com indicação médica e orientação do farmacêutico.
Em geral, não se pode abrir, quebrar ou triturar as cápsulas, pois o medicamento pode perder seu efeito.
Pode ser usada para mascarar sabor desagradável.

COMPRIMIDOS
É a compressão de uma ou mais substâncias químicas na forma de pó ou grânulo.
Segue abaixo alguns tipos de comprimidos:

COMPRIMIDOS DE REVESTIMENTO ENTÉRICO
Os comprimidos prontos são revestidos por um produto que garante sua passagem integra pelo estômago e chegando perfeito ao intestino onde irá se dissolver e iniciar sua ação. 
O revestimento é necessário para os casos em que os medicamentos, quando em contato com o líquido ácido do estômago são destruídos e perdem imediatamente sua ação terapêutica. Pode ser utilizado também em casos de medicamentos que agridem a parede do estômago.

COMPRIMIDOS SUBLINGUAIS
Os comprimidos são colocados, obrigatoriamente, embaixo da língua, e se dissolvem com auxílio da saliva e são absorvidos na própria boca. É usado no caso de medicamentos que, em contato com o líquido ácido do estômago são destruídos e perdem imediatamente sua ação terapêutica, também para aqueles que são pouco absorvidos pelo intestino. 

COMPRIMIDOS EFERVESCENTES
São comprimidos preparados com uma ou mais substâncias químicas associadas a alguns sais que liberam gases quando em contato com a água. Este mecanismo facilita o comprimido a desintegrar e a dissolver para ser absorvido.

COMPRIMIDOS MASTIGÁVEIS
São comprimidos preparados para terem a sua desintegração facilitada pela mastigação. Depois de mastigados, eles são engolidos, para aí serem dissolvidos e absorvidos.

COMPRIMIDOS DE AÇÃO LENTA/PROLONGADA
É um comprimido que possui um revestimento que controla a liberação da substância química. Isso permite que esses comprimidos, ao serem dissolvidos, iniciem sua ação lentamente de forma que seja prolongada/duradoura, mas somente quando ingeridos inteiros. Já um comprimido simples quando é totalmente dissolvido, sofre completa absorção e tem sua ação iniciada rapidamente.
São utilizados, geralmente, para doenças crônicas, podendo aumentar o intervalo entre as tomadas dos medicamentos em pacientes que precisam de altas doses por dia.
Um tipo de comprimido de ação lenta/prolongada é o chamado de “Oros”, esse comprimido permite a liberação lenta da substância ativa no organismo, o que garante a ação durante 24 horas. Uma vez concluído este processo, o comprimido vazio é eliminado pelo organismo através das fezes.
 Ex: Adalat® Oros.
Outro tipo de comprimido de ação lenta/prolongada é o chamado “Inserts”, usado em preparações oftálmicas, colocado no saco lacrimal, esses são colocados e retirados intactos, há liberação da substância química. Ex: Ocusert TM.

DRÁGEAS
São comprimidos revestidos com açucares. Melhora a deglutição, aparência física e mascara o sabor do medicamento.

PREPARAÇÃO EXTEMPORÂNEA
São pós liofilizados ou grânulos, podem ser solúveis, resultando em soluções, ou insolúveis, resultando em suspensões.
São preparações para substâncias que não são estáveis na presença da água (se degradam facilmente depois de um curto tempo de contato). Assim, é necessário que as substâncias sejam acrescentadas à água filtrada ou fervida somente no momento da administração, para se fazer a solução ou suspensão. Geralmente, esses produtos devem ser utilizados por um período máximo de 14 dias após sua preparação, quando armazenado em geladeira. Se armazenado em temperatura ambiente esse período cai para 7 dias. Se não utilizado por completo dentro desses períodos e nessas condições, o que restar no frasco deve ser descartado. Ter atenção, pois há produtos com especificações diferentes.
Os granulados devem ser consumidos em no máximo 24hs após serem preparados.

FORMAS FARMACÊUTICAS SEMI-SÓLIDAS

As preparações tópicas semi-sólidas são para aplicação na pele ou em certas mucosas, para ação local ou penetração percutânea dos medicamentos, ou ainda por sua ação emoliente ou protetora.

POMADAS OU UNGÜENTOS
São preparações semi-sólidas para aplicação externa que amolecem ou derretem à temperatura corpórea. A substância química sólida é geralmente inserida em uma base oleosa.
São usadas em regiões menores, com menos pêlos por serem muito oleosas, não é aconselhável aplicá-las em feridas abertas.

PASTAS 
Para aplicação externa na pele. Contém maior porcentagem de material sólido, por isso são mais firmes e espessas. Apresentam consistência macia e firme pela quantidade de sólidos, são pouco gordurosas e têm grande poder de absorção de água ou de exsudados.

EMULSÕES OU CREMES
Preparações com parte de água e parte de óleo. Em comparação com as pomadas, são bem menos oleosas e se espalham facilmente. Portanto, são mais aplicadas para áreas extensas do corpo e também em regiões com pêlos.
As emulsões também são usadas por via oral para mascarar o sabor de medicamentos quando usadas por via oral, evitando o contato do óleo com as papilas gustativas.

GÉIS
São preparações a base de água, portanto, não contém óleo. São utilizadas em regiões muito úmidas. Também são utilizados para reduzir a oleosidade da pele.

SISTEMAS DE GÁS COMPRIMIDO OU AEROSSÓIS
São utilizadas em medicamentos e cosméticos.
Geralmente são soluções associadas a gases. Antigamente o gás mais utilizado era o CFC (clorofluorcarbono), pois ele não é inflamável, em contrapartida causam grande estrago para a natureza (uma pequena quantidade dele no ar é capaz destruir grande parte da camada de ozônio). Foi substituído atualmente pelos hidrocarbonetos (n-butano, propano, iso-butano), que são inflamáveis, mas pouco tóxicos e mais baratos. É importante alertar que as embalagens não devem ser descartadas fora do lixo, e não podem ser reutilizadas e abertas.

SUPOSITÓRIOS
São formas farmacêuticas da consistência firme, de forma cônica ou ogival, destinadas a serem inseridas no reto, onde devem desintegrar-se ou derretem-se a temperatura do corpo, liberando a substância química. Pode ser para ação sistêmica devendo ser aplicado mais profundamente possível, ou local não sendo necessário aplicação profunda. Para ação local são utilizados em casos de dor, constipação, irritação, coceira e inflamação. Para ação sistêmica são utilizados em casos de pacientes com vômitos e que não engolem o medicamento, ou mesmo para cortar o vômito, e para medicamentos que se degradam no líquido ácido do estômago.

ÓVULOS 
Um tipo de supositório de uso vaginal.

















VELAS 
Um tipo de supositório de uso uretral.

FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS

SOLUÇÕES
São preparações em que há uma ou mais substâncias químicas dissolvidas em uma pequena quantidade de solvente (a substância que dissolve).

SOLUÇÕES ORAIS
As soluções orais, necessitam de componentes que dêem cor e sabor ao líquido para tornar o medicamento mais agradável ao gosto. Podem ser administradas em gotas, ou com um volume bem definido, como, por exemplo, 5 mL (uma colher de chá). Elas podem ter cor, mas devem ser transparentes.

SOLUÇÕES ESTÉREIS (INJETÁVEIS, COLÍRIOS..)
São preparações líquidas estéreis, ou seja, sem a presença de microorganismos. São colírios e medicamentos injetáveis. Não devem conter nenhum tipo de substância estranha e nem estarem turvas. 

TINTURAS 
São medicamentos líquidos resultantes da extração princípios ativos de drogas vegetais e animais. Elas são preparadas à temperatura ambiente por percolação (droga vegetal na forma íntegra em contato com o solvente) ou maceração (droga macerada ou triturada em contato com o solvente). Os líquidos extratores ou “solventes” são: álcool, álcool/água, éter alcoolizado ou acetona.

EXTRATOS FLUIDOS
São preparações oficinais líquidas obtidas de drogas vegetais e manipuladas de maneira que cada 1 mL contenha os princípios ativos solúveis de 1 g da droga respectiva, devidamente dessecada ao ar livre. Eles são preparados, em sua maioria, por um dos quatro processos gerais de percolação designados pelas letras A, B, C e D na Farm.Bras.II.

ESPÍRITOS
São preparações líquidas com a essência da respectiva planta e álcool, de acordo com a seguinte fórmula geral.
                        Essência 50 mL (5% v/v)
                        Álcool 80% qsp 1000 mL
Observação: Quando se menciona apenas álcool, refere-se ao produto que contém cerca de 95% de etanol. É o álcool simples.

XAROPES
São preparações a base de água, concentradas de açúcar, que contêm uma ou mais substâncias químicas. São usadas principalmente para substâncias com sabor muito desagradável e também para pacientes que têm dificuldade de ingerir comprimidos (crianças e idosos, por exemplo).

ELIXIRES
São preparações líquidas à base de água e álcool e com sabor levemente adocicado, que contêm uma ou mais substâncias químicas. 
São menos viscosos e, devido à presença de certa quantidade de álcool, são menos utilizadas atualmente.

SUSPENSÕES
As suspensões são preparações em que as substâncias químicas não estão totalmente dissolvidas no meio líquido. Geralmente têm baixa capacidade de dissolução, por isso depositam-se no fundo do recipiente. 
É essencial informar ao paciente que ele deve agitar o frasco antes de usar.


BIBLIOGRAFIA
»Site:http://www.fcf.usp.br/Departamentos/FBF/Disciplinas/Farmacotecnica/FORMAS1.htm Acessado em: 10/02/2006.
»Site: http://www.sinprafarmas.org.br/index.htm Acessado em: 29/09/2006
»Site: http://www.opas.org.br/medicamentos/docs/uso-med-acs.pdf Acessado em:20/10/2006
»Livro: Farmacologia Básica e Clínica – Bertram G. Katzung – Oitava Edição.
 - See more at: http://www.farmaceuticodigital.com/2012/09/formas-farmaceuticas.html#sthash.OXGQPFui.dpuf

sexta-feira, 19 de julho de 2013

TÉCINICA HANEMANIANA (dinaminação ou potencialização)

Antes de mais nada, para compreendermos o que é medicamento homeopático e como são preparados, precisamos voltar na história, ao tempo de Hahnemann. Ele não foi o - descobridor - da Homeopatia, mas podemos considerá-lo seu - pai -, a figura que realmente sistematizou o método de tratamento através da Lei da Semelhança.A idéia era utilizar uma substância que provocasse sintomas semelhantes aos observados no indivíduo doente. Porém, se fosse usada uma grande quantidade desta substância, o resultado seria tornar o indivíduo, já doente, ainda mais doente, e com os mesmos sintomas. Portanto, Hahnemann pensou em usar a mesma substância (Lei da Semelhança), porém em quantidade pequena, bem pequena mesmo.  

Pulsatilla nigricans usada para trartar depressão

Desta forma, ele começou a diluir as substâncias que tencionava utilizar. Todos nós temos porém a noção de que, se usarmos uma quantidade MUITO pequena, a ação da substância deve diminuir, e talvez até desaparecer. Quando Hahnemann começou a diminuir a quantidade, percebeu isto também. Observador atento, notou também que, AO AGITAR a solução - talvez de forma intuitiva, talvez no início apenas para bem homogeneizá-la - ela, em vez de perder sua força, pelo contrário, tornava-se mais potente, mais ativa. Apesar de conter cada vez menor quantidade da substância inicial, a solução parecia adquirir uma - força -. A este processo conjunto, de diluição e agitação, Hahnemann deu o nome de dinamização, lembrando - dynamo -, ou força. Chamamos de potência ao número de vezes que a substância foi dinamizada. Quanto mais dinamizada, maior a potência do medicamento. Do ponto de vista homeopático clinico, dizemos que, quanto mais dinamizado (e portanto mais diluído), mais potente é o medicamento.

Os medicamentos homeopáticos são (quase sempre) dinamizados, isto é, a substância original é diluída e agitada. Para que isto ocorra, partindo de uma substância com a qual preparemos um medicamento, temos que considerar se ela é solúvel ou não. Para afirmarmos se esta solubilidade ocorre, é importante admitirmos quais solventes podem ser utilizados: os tradicionalmente usados são a água, o álcool etílico e a glicerina. Quando a substância não for solúvel nestes solventes, precisaremos lançar mão de outra estratégia, que será a trituração.Na dinamização, usamos uma solução hidroalcoólica para diluir (frequentemente álcool a 70%) e movimentos de - batida - contra um anteparo semi-rígido para agitação. Chamamos este processo de agitação de sucussão. Se uma substância é solúvel em água ou álcool etílico, puros ou combinados, ela será dissolvida, na proporção de 1%, e agitada 100 vezes. Em seguida, nova diluição e 100 agitações.                                       



Já o processo de trituração será aplicado para substâncias insolúveis. Neste caso, usaremos a lactose para - diluir -. Para agitar, usaremos o movimento de triturar a substância entre o pistilo de porcelana, contra as paredes do recipiente, um gral de porcelana. A trituração é feita também na proporção de 1% da substância ativa em lactose. Divide-se a lactose em 3 porções. Toma-se cada uma destas porções, coloca-se no gral de porcelana e tritura durante 6 minutos. Como a mistura da lactose com a substância fica fortemente aderida nas paredes do gral, é necessário raspar, com uma espátula também de porcelana, as paredes do gral, fazendo com que a lactose possa ser novamente triturada, por mais 6 minutos, e novamente raspada. Adiciona-se o segundo terço da lactose, repete-se o procedimento. Adiciona-se o terceiro terço da lactose e repete-se, pela última vez. Assim, depois de 1 hora, obtemos a primeira trituração – centesimal – da substância. Fazendo isto mais uma vez (mais uma hora) e ainda outra vez (uma terceira hora), chegamos à terceira trituração centesimal da substância, que pode ser solubilizada em solução hidroalcoólica. A dinamização continuará então conforme já descrito acima, através da diluição e da agitação.                                                                  grau com ppestilo
                                                    técnica de trituração das substâncias

Quando partimos de um vegetal ou animal, podemos triturá-lo, porém usualmente preparamos uma tintura, isto é, uma extração alcoólica da substância. Como esta tintura será diluída e dará origem às dinamizações (seus - filhotes -), ela é chamada de tintura-mãe. A tintura-mãe é feita colocando-se a substância em contato com solução alcoólica de graduação adequada para que os princípios ativos da planta sejam retirados, passando para a solução. É o mesmo princípio das populares - garrafadas -. Chama-se - tintura - porque extrai também princípios ativos coloridos, formando um líquido colorido. As tinturas são usadas de forma pura, porém para Homeopatia, são diluídas em soluções hidroalcoólicas e agitadas, isto é, dinamizadas.

As diluições podem ser feitas em diferentes proporções ou escalas. A mais comum é na proporção de 1:100, também chamada escala centesimal. Para fazê-la, usamos 1 parte da droga para 99 partes de solução água/álcool. É a mais comum entre nós e foi preconizada por Hahnemann. O médico alemão Hering, introduziu a escala decimal, preparada na proporção de 1:10, isto é, 1 parte da substância medicinal para 9 partes de solução hidroalcoólica.

Este método é chamado de hahnemanniano, também chamado de - frascos separados -. As agitações podem ser feitas manualmente (através de movimentos ritmados do antebraço, de batida contra o anteparo) ou através de um equipamento chamado de - braço mecânico -, quando uma máquina tenta reproduzir o movimento do braço. É uma técnica simples, porém, demorada e trabalhosa. Os medicamentos assim produzidos são chamado de CH, porque foram diluídos através da escala centesimal (por isto C) e método hahnemanniano (H).

Quando se pergunta até que potência uma substância pode ser dinamizada através do método hahnemanniano, a resposta é... depende. Depende do 
 método mecânico para preparo de altas potências, que é o fluxo contínuo. Trata-se de um equipamento mecânico, composto de uma câmara de vidro, onde ocorre a dinamização. Aí é colocada a dinamização 30CH da substância a ser dinamizada. Nesta câmara há entrada de água (o diluente) de modo contínuo, e também um orifício para saída da água. Uma haste de vidro, com uma pá na extremidade, gira em torno de si mesma, produzindo a agitação. Ligamos a agitação (isto é, ligamos o motor) ao mesmo tempo que abrimos a entrada de água. Desta maneira, a diluição e a agitação iniciam-se ao mesmo tempo. Diferente do processo hahnemanniano, agora a diluição é contínua, e daí o próprio nome do processo, fluxo contínuo.tempo disponível, do número de funcionários, da proposta de trabalho da farmácia. Alguns farmacêuticos propõem-se a dinamizar até a 30CH, outros chegam à 200CH, outros sobem alguns medicamentos até a 1000CH ou mesmo seguem além.
Para obter potências superiores, existem outras possibilidadesNo final de sua vida, Hahnemann propôs ainda um método diferente para preparo de medicamentos homeopáticos: a cinquenta-milesimal (LM). Este método também apresenta uma nova escala de diluição, que é de no mínimo 1:50.000 a cada passagem. Iniciamos triturando sempre todas as substâncias, durante 3 horas. Em seguida é preparada uma solução com 0,06g da 3ª trituração e 500 gotas de uma solução preparada com 400 gotas de água e 100 gotas de álcool. Tiramos 1 gota desta solução e adicionamos 100 gotas de álcool. Fazemos 100 fortes sucussões e com esta solução (chamada LM1) vamos impregnar pequenos glóbulos (microglóbulos cuja uma centena pesam 0,06g). Para prosseguir, tomamos 1 desses microglóbulos, dissolvemos com 1 gota de água, adicionamos 100 gotas de álcool e novamente fazemos 100 fortes sucussões, obtendo a LM2. Continuamos desta maneira as potências LM seguintes.            

                                                             
Para Hahnemann, este método causaria menos agravações nos pacientes, possibilitando uma cura rápida, suave e duradoura.

Agora vamos falar de onde vem as substâncias utilizadas para preparar medicamentos homeopáticos
Sabemos então que vegetais podem originar medicamentos homeopáticos. Aliás, a maior parte deles provém mesmo do reino vegetal, cerca de 70%. Talvez por isto, frequentemente a Homeopatia é confundida com chás e extratos vegetais. Na verdade, eles são parte da Fitoterapia, que é a terapêutica através dos vegetais. A Homeopatia utiliza vegetais, porém quase sempre transformados através da dinamização. É até possível utilizar extratos e tinturas vegetais de acordo com a Lei da Semelhança, mas é uma exceção na terapêutica homeopática.

Voltando aos exemplos anteriores, percebemos que os medicamentos homeopáticos também podem ser obtidos a partir de animais, como secreções, venenos (Lachesis), animais inteiros (Coccus cacti - conferir) ou de suas partes (ver exemplo). Nos casos citados são utilizados animais saudáveis, porém às vezes é uma secreção patológica que importa (Psorinum, por exemplo, é preparado através da secreção da sarna).

Ainda fazemos medicamentos a partir de minerais, como o Ferro (Ferrum metallicum), o grafite (Graphites), cristais (Silica) ou Enxôfre (Sulphur). Podemos fazer tinturas-mãe de vegetais e de animais, porém não dos minerais. Uma parte pode ser solubilizada (como Cloreto de Sódio, que chamamos de Natrum muriaticum), porém diversos minerais são insolúveis, e para eles lançamos mão da trituração, já descrita acima.


Uma vez obtida a dinamização desejada, feita a partir de determinada substância, em dado método, escala e potência, é agora necessário adicioná-la a um veículo adequado para ser administrado. Surgem então as formas farmacêuticas utilizadas para medicamentos homeopáticos.
A mais comum são os glóbulos, que são pequenas esferas brancas, feitas de sacarose. As farmácias homeopáticas compram glóbulos neutros, inertes, e colocam determinada % da dinamização desejada sobre eles. Esta % depende da literatura seguida, e varia de 1 a 10%.

                                                                    glóbulos
Em seguida, aparece a forma líquida, administrada em gotas ou em colheradas (doses repetidas) ou como dose única. O veículo varia entre água destilada .
Existem ainda prescrições em comprimidos (feitos em máquinas de comprimir, normalmente pela industria, em pastilhas ou tabletes, em pó (que pode ser acondicionado em papéis ou em cápsulas).

Como  puderam ter uma idéia, a técnica de preparo do medicamento homeopático é simples, ainda que exija paciência, dedicação e perseverança. Em nosso país os medicamentos são dinamizados em farmácias homeopáticas, que contam com a presença do farmacêutico homeopata. Este profissional, além de atender aos clientes, prepara os medicamentos prescritos por clínicos homeopatas: médicos, dentistas e veterinários.







quinta-feira, 18 de julho de 2013

HOMEOPATIA




Homeopatia (do grego ὅμοιος + πάθος transliterado hómoios - + páthos = "semelhante" + "doença") é uma forma de terapia alternativa iniciada por Samuel Hahnemann (1755-1843) quando em1796 publica a sua primeira dissertação. Se baseia no princípio similia similibus curantur (semelhante pelo semelhante se cura), ou seja, o tratamento se dá a partir da diluição e dinamização da mesma substância que produz o sintoma num indivíduo saudável. A homeopatia reconhece os sintomas como uma reação contra a doença. A  doença é uma perturbação de uma energia vitale a homeopatia provoca o restabelecimento do equilíbrio. É o segundo sistema médico mais utilizado no mundo. Pesquisas científicas têm mostrado que os remédios homeopáticos são ineficazes e seu mecanismo de funcionamento implausível. Entre a comunidade médica internacional, a homeopatia é geralmente tida como charlatanismo ou bruxaria

A Homeopatia vê o ser humano como um todo, não diferenciando sintomas específicos nem dando medicamentos “anti” alguma coisa, como os antitérmicos, que combatem a febre, os anti-histamínicos, que combatem as alergias, os antibióticos, que combatem as bactérias. O médico homeopata baseia-se no princípio que o organismo tem a capacidade de reagir às doenças que o acometem, e portanto não são necessários medicamentos para um sintoma específico, por exemplo a febre, e sim medicamentos que vão agir no paciente em sua totalidade, dando-lhe ferramentas que o ajudarão a combater sozinho os sintomas e assim reequilibrar o seu organismo, afastando a doença (desequilíbrio).



 Para obter-se o medicamento homeopático requerem-se técnicas específicas de manipulação, que só podem ser realizadas em farmácias homeopáticas e sob a supervisão de farmacêuticos habilitados. 
As origens dos medicamentos homeopáticos são as mais diversas possíveis, existindo medicamentos de origem animal (Lachesis, Blatta, Formica, Sepia), vegetal (Lycopodium, Arnica, Belladonna, Bryonia), mineral (Calcarea carbonica, Natrum muriaticum, Phosphorus, Arsenicum album), sintéticos (Cortisona, Hidroxizina), alguns derivados de alérgenos, como a poeira, ácaros e fungos. 
Pode-se ver, afinal, que o tratamento homeopático utiliza-se dos vários ramos da natureza, não apenas das plantas medicinais
Para obter-se o medicamento homeopático requerem-se técnicas específicas de manipulação, que só podem ser realizadas em farmácias homeopáticas e sob a supervisão de farmacêuticos habilitados. 

As origens dos medicamentos homeopáticos são as mais diversas possíveis, existindo medicamentos de origem animal (Lachesis, Blatta, Formica, Sepia), vegetal (Lycopodium, Arnica, Belladonna, Bryonia), mineral (Calcarea carbonica, Natrum muriaticum, Phosphorus, Arsenicum album), sintéticos (Cortisona, Hidroxizina), alguns derivados de alérgenos, como a poeira, ácaros e fungos. 
Pode-se ver, afinal, que o tratamento homeopático utiliza-se dos vários ramos da natureza, não apenas das plantas medicinais